Dezembro Laranja: riscos, sintomas e prevenção ao câncer de pele!
“Adicione mais fator de proteção ao seu verão”. Esse é o tema do movimento Dezembro Laranja para 2021, visando conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele.
Dentre as neoplasias que afetam a pele, as do tipo não melanoma são as menos letais, porém as mais frequentes. Já as do tipo melanoma são mais raras, porém as formas mais agressivas da doença.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, a cada ano do triênio de 2020 a 2022, 175 mil pessoas serão diagnosticadas com um câncer de pele não melanoma, dos quais ao menos um terço poderia ser evitado somente com mudanças de hábitos.
Como em todos os tipos de câncer, estar bem informado e atento estão entre as melhores armas disponíveis para se proteger. Neste artigo, vamos falar sobre o Dezembro Laranja, abordando os riscos, sintomas e prevenção ao câncer de pele.
Acompanhe!
Os fatores de risco para o câncer de pele
Algumas características aumentam as chances de desenvolver câncer de pele. Apesar disso, não significa que apenas as pessoas com esses fatores estão ameaçadas.
Por isso, é importante estar atento aos fatores abaixo.
1. Histórico familiar
Pessoas com familiares com histórico de câncer – em especial o de pele – estão mais suscetíveis a também desenvolver a doença.
Portanto, é importante conversar com seus familiares e conhecer esse histórico para se prevenir. Caso essa referência seja positiva, procure estar ainda mais atento aos cuidados preventivos e a possíveis sinais e alterações dermatológicas!
Fique de olho em manchas, sinais e pintas, especialmente aquelas que apresentam bordas irregulares, que sangrem e/ou cresçam de tamanho. Caso perceba algum sinal desse tipo, busque logo uma avaliação com um(a) dermatologista para avaliação.
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2. Tipos de pele
Pessoas de pele branca e/ou com olhos e cabelos claros são as que têm mais predisposição a desenvolver o câncer de pele.
Quem tem facilidade de apresentar manchas, sinais e/ou pintas – além das pessoas idosas – também deve prestar mais atenção a qualquer alteração dermatológica.
Apesar destes serem os grupos de risco, não significa que pessoas negras ou jovens não possam desenvolver câncer de pele. Significa apenas que o risco é menor. Os cuidados devem ser de todos.
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3. Exposição excessiva ao sol
Pessoas que se expõem à radiação solar com muita frequência e/ou sem a proteção adequada têm mais chance de desenvolver a doença, especialmente se essa exposição ocorrer entre 10h e 16h, quando há mais emissão de raios UVB e UVA.
Além disso, quem trabalha ao ar livre e aqueles que foram demasiadamente expostos ao sol durante a infância e a adolescência também entram no grupo de risco, já que os danos provocados à pele ao longo da vida tem um fator cumulativo, que vai progressivamente fragilizando as células.
4. Técnicas de bronzeamento
Durante muitos anos, foram populares as chamadas máquinas de bronzeamento artificial; equipamentos que emitiam uma elevada quantidade de raios ultravioleta, aumentando bastante o risco de câncer de pele. Felizmente, após ser considerada uma prática cancerígena pela Organização Mundial da Saúde, desde 2009 isso é proibido no Brasil.
No entanto, ainda são bastante populares os chamados “bronzeamentos naturais”.
Nessa prática – realizada pela própria pessoa ou mesmo por “profissionais” – mulheres e homens se submetem a longos períodos de exposição ao sol, usando substâncias que visam “acelerar” o processo de bronzeamento.
Assim como os bronzeamentos artificiais, essa prática eleva grandemente os riscos de danos à pele, envelhecimento precoce e também do câncer, não sendo indicadas.
Sintomas do câncer de pele
O câncer é uma doença silenciosa, especialmente nos estágios iniciais, o que aumenta seus riscos. Porém, você pode ficar atento a alguns sinais que podem surgir na pele:
- Manchas, inflamações e outras lesões incomuns.
- Áreas salientes, com bordas elevadas e avermelhadas, geralmente com pequenos vasos de sangue. Aparece em regiões mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, nariz, lábios, ombros, mãos, entre outros.
- Manchas com aparência endurecida, que lembram ferimentos. Se parece bastante com machucados, mas que não cicatrizam. Também surgem com mais frequência em locais mais expostos ao sol.
- Pintas ou sinais com tons castanhos ou acastanhados, que se alteram no tamanho, textura e cor com o tempo. Podem inclusive sangrar.
Lembre-se de que o diagnóstico do câncer de pele é feito apenas pelo(a) dermatologista, pelo exame físico e confirmado por biópsia. Então, se notar qualquer um desses sintomas, procure uma avaliação médica.
Prevenção ao câncer de pele
Em muitos tipos de câncer, não há muito o que a pessoa possa fazer para evitá-los. No câncer de pele, porém, os cuidados e mudanças em certos hábitos de vida podem, sim, reduzir muito os riscos de desenvolver o problema.
Confira algumas das medidas abaixo, que são muito importantes:
- Evite a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h. Curtos períodos sob o sol nesses horários – 10-15 minutos – podem até ser benéficos para estimular a produção e vitamina D, porém não exagere.
- Se for se expor ao sol, use sempre o protetor solar (no mínimo fator de proteção 30) e reaplique a cada 2 horas.
- Use barreiras físicas, como chapéus, óculos escuros, bonés e sombrinhas, quando estiver exercendo atividades ao ar livre.
- Fique atento a tatuagens que podem esconder manchas e pintas suspeitas.
- Consulte-se com um(a) dermatologista regularmente. Monitorar o desenvolvimento de pintas, manchas e sinais ajuda a diagnosticar o câncer nos estágios iniciais, o que aumenta muito as chances de cura.
Dezembro Laranja: cuidado o ano todo!
Neste artigo você conheceu mais sobre o movimento Dezembro Laranja e sobre os cuidados necessários para prevenção do câncer de pele. Trata-se de uma doença silenciosa, que já afetou a vida de muitas famílias.
Como vimos no texto, procure o(a) dermatologista caso note algo incomum, faça o acompanhamento de pintas, sinais e manchas, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
Incentive as pessoas que você conhece a também cuidarem mais da pele. Pode ser que, neste final de ano, o maior presente que você dê ou receba seja salvar a vida e a saúde de alguém, mesmo que esse alguém seja você.
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